Permanências.
Barbicha me ataca e , ainda assim, não me
desprendo dele. Meu parceiro de sexo duvidoso. Não vou negar cair na mesma
situação colaborando, também, com minha infantilidade. Você deve se lembrar da
sensação de estourar bolhas de plástico e da imbecilidade anexada à delícia da
ação. Um trabalho e um pequenininho sacrifício por um pequenininho prazer. Não
sei bem se lhe interessa, mas porque acha que estou aqui? Este serviço
fora-de-barco neste local que chegamos... LUZ... Não tem sido muito
confortável. Gosto deste desconforto, porém. Agrada uma vida como a minha. Não
pensada em fama, lucro e ascensões. Este pouco já anda me bastando e trazendo
sorrisos. O caminho não me incomoda e sim o lugar que aportamos.
Barbicha continua tocando suas melodias que me fazem dançar
ao invés de andar e são coisas pequenas assim que me motivam para continuar
nesta vida. (Existe outra?) Pensei em pássaros hoje. Sempre gaivotas e todos os
bichos clichês marítimos que você possa imaginar. Aqui, neste novo lugar, temos
fileiras de pombas que nos assistem. Percebendo beleza no que se é considerado
sujo.
Tombinho.