sexta-feira, 6 de julho de 2012

MÍMICA.

Pensando que poderíamos ir muito mais além. Tantos impedimentos em área que “deve” ser impedida e não quer ser. Brincando de mímico por aqui. Perdendo a voz e recorrendo ao corpo para alguma possível comunicação. Ainda – e acho que sempre – nos arriscando com as intempéries de nossas locações. Se no mar temos sede e outras tantas pequenas complicações, aqui lidamos com o concreto, com o chão e com esses novos companheiros de território.
Tentar fazer parte e ocupar um local já ocupado. Já acostumados com isso... Nossa natureza. Nem sempre acolhidos. Temi pelo Conta-Causo por sua segurança em novos terrenos. Tranquilo, porém, de saber que nossa tripulação zela e protege uns aos outros. Somos um coletivo. Hoje alguns tiveram o equívoco de nos aceitar por sermos uma peça. Outros xingaram e outros fugiram. Existimos em nossa realidade e tentamos sempre nos adaptar a uma outra. Difícil ser aceito em locais já estabelecidos socialmente. Desafio de piratas.
Aprender a ter que nos desvencilhar das máquinas que quase sempre nos capturam. Carros e ônibus chamam. Grandes bichos motorizados que se revelam para mim. Ainda continuamos caindo nesse chão que “não” nos pertence. Como piratas, novamente, lutando contra este status. Sempre em busca de uma pacificidade nesta relação.
Pensamentos coletivos em fazer imagens com fogo em frente aos bombeiros. Subversivos. De novo, nossa natureza pirata. Ainda no barco por perceber que é a rota mais segura no momento.
Tombinho.

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