quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Piratas de Galochas: últimas apresentações!

     Os Piratas de Galochas invadiram o edifício da Ocupação Prestes Maia! A estréia superlotou o espaço do Núcleo Cultural contando com aproximadamente 120 pessoas de público entre moradores da ocupação e pessoas de fora!


Piratas ancoram em uma ilha sem função social...

     Nesse fim de semana acontecem as últimas apresentações: os Piratas ficam em cartaz até o dia  27 de novembro no Núcleo Cultural Prestes Maia (9º andar do bloco A), sábados e domingos, às 19h30, de graça mas tem que retirar o ingresso antes, na região do entre-prédios da ocupação.

... e fundam Providence, a Federação Pirata!

     É uma comédia de piratas que cria um diálogo com a Ocupação Prestes Maia através da dramaturgia, elementos do contexto histórico da Era de Ouro da Pirataria (século XVII), em fricção com o espaço da encenação, o Núcleo Cultural Prestes Maia.


Carminda-Conta-Causo, a cozinheira da tripulação

Capitão Willie William Will O' Well

     Uma tripulação de piratas, navegando pelo Pacífico a procura do ouro e do paraíso pleno de maravilhas indicado por Bernard Turkill, aquele verme maldito, avista uma terra erma, ilhas desabitadas até então nunca antes exploradas. Lá as condições de sobrevivência são perfeitas, ou tudo o que os piratas sempre esperaram: sol durante boa parte do dia, muitas árvores e frutos tropicais, animais silvestres que servem de boa comida, espaço de sobra e quem sabe até, talvez, um grupo de índias nativas dando sopa para um grupo de bucaneiros cansados de longa viagem e sedentos por lhe servirem sopa.

Ilha deserta do arquipélago de Providence... Tem algo se mexendo ali?

     Os sanguinários e malvados piratas do navio Kuttel Daddel Du III decidem então, sob o comando do Capitão Willie William Will O' Well, fundar uma Federação Pirata: Providence! A trupe se organiza, em tentativas de estabelecer um sistema social de sobrevivência e administração dos saques e ouros coletados em cidades vizinhas, a Federação cresce, a população pirata aumenta e, cada vez mais, carimba nos mares do Caribe a sua marca, rasga oceanos atrás de provisões e mantimentos, saqueia os navios ingleses e dominam a região de importante comércio de exploração para as civilizações européias.

Os Coordenadores de Barco se reunem para a Assembléia de Providence.

     O aumento vertiginoso desses bucaneiros e o sucesso pirata da Federação de Providence vai de encontro aos interesses de dominação da Coroa Inglesa nos mares do Caribe que, governada pelo amado Rei George (spift!) e sob o comando do temeroso Capitão Wood Rogers, inicia seu intento de retaliação e derramamento de sangue a todo e qualquer tipo de pirata contrário a sua proposta de reintegração de posse da ilha de Providence, oferecendo como atrativo uma proposta de emprego aliada a Marinha Real Britânica.

Capitão Wood Rogers: temido pela Marinha Britânica, decepa cabeças enquanto toma seu chá.

     Inicia-se então uma batalha mortal: os piratas de Providence contra a Coroa Inglesa. Que os mares do Caribe se preparem, muitos navios serão afundados e o Oceano ficará vermelho! Piratas de Galochas na Ocupação Prestes Maia! Quem está conosco? Yoo-hoo!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

FELIPE X TOMBINHO


Me parece uma revolução de coisas. Tenho certeza que é.
Lembro de estar completamente vazio quando encontrei estes parceiros. Lembro de estar trabalhando quase mecanicamente, sem adquirir qualquer significado no momento. Convidado, visito a USP, visito a ECA, visito o CAC. Encontro uma tripulação ainda não explorada.... e ainda não me explorando (acho).
Com a função de cair e ter o alcance que todos fizessem o mesmo, me infiltrei. Caímos, nos hematonamos, nos encontramos. Hoje caímos juntos e sem hierarquias. Feliz. Tempos difíceis...
Entre tantas ocorrências de mortes, acidentes e catástrofes familiares e humanas que passamos, cá estou(amos). Tudo se filtra e se transforma agora, com nosso barco armado e pronto pra intervenções. Amo todos que perdemos, que se desgastaram conosco neste processo e, principalmente, aqueles que comigo batalham, acarinham e acompanham. Percebo que extrapolamos muito em últimos tempos. Percebo que extrapolei. Percebo que ainda extrapolo.
De fato escapando. Admito que não da forma mais saudável.... mas tenho uma trupe. Tenho uma monarquia não hierárquica. Sou não só um, sou coletivo, uso galochas e esta manhã me deixa isso bem claro. Tanta água... pouco molhado. Feliz pela companhia estendida: não somos somente algo conjunto que trabalha. Convivemos, vivemos e, sem dúvida, nos suportamos em todos sentidos. Orgulhoso pelas galochas e pelo o que se supera, um abraço e um carinho enorme para todos que tenham interesse por este projeto e, focalmente, para nosso coletivo, que tanto acolhe quanto cobra. Grande mãe que somos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

VIDEOLOG DO GERSON 5 - O furto

Carta do Coletivo de Galochas em repúdio a PM

O COLETIVO DE GALOCHAS REPUDIA A AÇÃO OSTENSIVA DA POLÍCIA MILITAR DENTRO DO CAMPUS DA USP E NAS OCUPAÇÕES DO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO. COMPREENDEMOS QUE O DIREITO A VIOLÊNCIA E O USO DA FORÇA NÃO SÃO POSSÍVEIS ARGUMENTOS FRENTE AS MOBILIZAÇÕES SOCIAIS E CONFLITOS POLÍTICOS. NÃO ACREDITAMOS NA MANUTENÇÃO DESTA ORDEM, QUE NÃO TEM SIDO DAS MELHORES. O COLETIVO DE GALOCHAS APOIA AS OCUPAÇÕES NA CIDADE, QUE DEFLAGRAM, PELA AÇÃO DE GRUPOS MOBILIZADOS, UMA OUTRA POSSIBILIDADE DAS COISAS SEREM.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Carta do Capitão Barba-Molhada


Ilha de Providence, Federação dos Piratas, 4 de novembro de 2011.

Os piratas não são mais reais! Sim, sou um pirata! Eu quero dizer, isso tudo o que se diz hoje e o que se vê não é digno nem de longe de um pirata. Nada para mim existe no mundo hoje, saque, festa, mar, morte, lenda, são invólucros, rótulos projetados por cachorros doentes sedentos por espalhar a doença, o mal da subordinação e humilhação para o prazer de seus olhinhos que giram pelo frango assado, de suas línguas que escorrem a baba-sumo síntese do mundo fétido. Eu disse mundo, sim porque hoje não só os britânicos fedem ao seu próprio excremento: todo o mundo contaminado pela doença cria a imagem do pirata ao seu belo prazer e necessidade, ao interesse do seu setor: eia!! Quão grande é a fraternidade pelo meu amigo, eis o pirata carente. Fogo aos subversivos antidemocratas! A polícia coage o pirata rebelde-justiceiro-das-próprias-mãos porque alega abuso e roubo dos piratas das leis e das riquezas, essa polícia que sustenta o rótulo e a existência dos piratas ricos. E que dance o pirata-lenda, descobridor e aventureiro nas telas luminosas e coloridas dos cinemas, e que faça rir a criancinha esse pirata-palhaço! Esse é o meu lamento! Foi-se o fim do pirata, esquartejado, cabeça na arte e na literatura, porque não? Mãos na rebeldia dos adolescentes, intelectuais subversivos; estômago na pança execrável dessas baleias vestidas de burocratas políticos; pés no mundo encantado das figuras infantis. Estereótipo, ficção, somos como as bruxas! A nós esqueceram o sujeito: Barba-Negra, velho amigo, Bartholomew Roberts, grande canalha, Will O’Well, meu suplício, Busnardo Navarro, pai do meu mar; hoje, aqui e em todo lugar, vocês nunca existiram, ali, ontem, amanhã e depois, vocês são como adjetivos e locuções, maldade, rebeldia, libertinagem, riqueza. Hoje somos lei, somos legais, em todos os sentidos, estamos dentro e fazemos parte desse mundo de merda, o mar onde os peixes não fedem tanto quanto os homens. Não somos mais parte desse mundo e para esses sequer existimos como realidade, como prática. Bruxas, vampiros, feiticeiros e gigantes, abracemo-nos! Bebamos no bar dos banidos do mundo real!



Capitão Barba-Molhada

ESTAMOS CHEGANDO

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bar do Big Joe: BRIGAS FREE!!


-*-*-*-*-*- Carta de Mesa -*-*-*-*-*-
Cerveja...........................................1 hematoma
Rum...........................................3 dentes
Rum c/ côco...........................................3 dentes - 1 naco de orelha
Absinto...........................................1 braço + 2 escoriações
Quebra-pau...........................................OPEN-BAR

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DE GERSON PARA MÃE

Oi mãe, tudo bem?
Desculpe não ter dado noticias nesse últimos tempos, nem mandado nenhum vídeo, mas é que as coisas andam meio corridas aqui no barco.Há algumas semanas atrás achamos uma ilhotinha deserta, e vamos montar uma cidade de piratas! Mó legal né? Eu sugeri alguns nomes pra ilha, tipo, Raimunda 1 em sua homenagem, mas o capitão não deixou, e botou mó nome feio nela "Providence".
Esse tipo de acontecimento me deixa cada vez mais confiante mãe. Eu sei que já tenho um cargo elevado no barco e coisa e tal, mas eu quero subir ainda mais na vida, me tornar capitão um dia.E se uma cidade pode ser inteiramente governada por piratas, vai ver um navio também pode ser governado por um capitão preto!

Por enquanto é só mãe,
te amo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

DEPOIMENTO DO TOMBINHO

 
Não bebo. Monoteísta, monogâmico. Escolho ser pirata. E nesta fala penso: sequer é uma escolha? Sempre me disseram que sou louco, apesar de eu não compreender bem isto. Dizem que minhas mãos tem vida própria e domínio sobre minhas ações. Nunca percebi e, mesmo com força de intensidade e curiosidade, não consigo encontrar este fator em mim. Minha mão esquerda sente mais frio e medo do escuro que a outra que, mesmo mais segura, pede algum aconchego. Cubro a primeira com uma luva preta de couro e a segunda com uma branca de seda. A ironia que encontro é que sou destro. Ambas me parecem seguras.
Quando pisei neste navio em que escrevo, senti um conforto estranho. Sim, me chamam de criança, de bobo, de infantil, de sonhador (penso que só eu gosto de ouvir as histórias do conta-causo), mas nada passa da zombaria. Em minha vida já tentei duas opções: viver entre a sociedade e, nesta etapa, quase morri. Ali não consegui amor, emprego ou respeito. Era considerado possuído por alguma força do mal e quase fui enforcado. Fugi. Tentei ser peregrino e viver só. Não sofri ataques, mas recebi a falta de diálogos, de companhia, de calor. Fazia muito frio naquela época, em todos os sentidos possíveis de leitura.
Aqui prefiro a embarcação, prefiro a zombaria sem violência ou promessa de morte tendo corpos convivendo no meu mesmo espaço em troca. Sim, meio bocó e sozinho aqui... E com certeza ainda louco (é o que andam me dizendo de novo) mas, assumo, ando com sorrisos no rosto que há tempos não tenho. Diferentes e novos companheiros. Lugar comum e seguro. Apesar das tempestades de sempre que aqui vivemos, não troco isso por uma sociedade hipócrita, nem pela solidão. Em segundo algum.
Pirata por última opção, mas sou.

O caminho até o Núcleo Cultural - ou - "chegando em Providence!"

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LOGO DO PEPE

A lenda do Capitão Barba-Molhada


PERSONAGENS

Henry “Come-Dedos” Dawkins, marujo
John “Costela” Morgan, marujo
Burt “Ugly Barbecue Legs”, cozinheiro
Capitão Willie William Will o’Well, capitão do navio

Noite em alto-mar. O navio do capitão Willie William Will o’Well desliza, quase parado, sobre as águas do mar caribenho. A maioria da tripulação de piratas está dormindo e todo o estoque de rum acabou com exceção de uma última garrafa, ou, pelo menos, do que sobrou dela, nas mãos dos marujos Henry e John que estão no convés, a essa altura, bêbados a ponto de fantasiarem suas próprias histórias de piratas.

HENRY – (delirando de bêbado) Subir vela-mestra, levantar âncora, treinar macacos, soprar navio! Galináceos!

JOHN – (bêbado) Com mais de trinta mil ratazanas mortas, Henry, aonde está o nosso rum? Na velocidade em que estamos tudo o que encontraremos na cidade serão tartarugas de ressaca! Somos um coqueiro no meio do mar! Não há rum, não há ouro, não há vento...

HENRY – (enrolando as palavras)...então que soprem o navio, seus bexiguentos!! (soluça) Hahahahahah!!

JOHN – Quem você pensa que é, Henry “Come-Dedos” Dawkins, para dar ordens aos homens da minha embarcação?

HENRY – Seu pedaço de lagosta podre, eu sou o capitão agora!

JOHN – Só enfincando uma adaga em meu crânio!

HENRY – Eu já te venci uma vez, capitão John “Costela” Morgan, não vou sujar minha lâmina novamente.

JOHN – Não há duelo que se vença sem morte, estamos vivos, e, nesse caso, você sabe o que diz a lei da pirataria...

HENRY – Um duelo de bravatas! Hahahahaha, seu caga-tacos!

JOHN – Pernas de alicate!

HENRY – Olhos de carneiro mal-morto!

JOHN – Trombudo!

HENRY – Moréia desmamada!

JOHN – Mussolini de carnaval!

HENRY Arroto de baleia!

JOHN – Molusco desidratado!

HENRY – Pequena Sereia da Terceira Idade!

JOHN – Vegetariano!

(chega Burt “Ugly Barbecue Legs”, o cozinheiro)

BURT – Seus chimpanzés, parem de macaquear e fiquem atentos ao mar!

JOHN – (bobo-alegre) Estávamos nos insultando, Burt. Quero provar que sou o melhor para comandar o navio!

BURT – Cloaca de frango mal-cozida, por onde anda o rum que tanto alegra essa noite atípica dos mares caribenhos e os fazem pensar que têm colhões para comandar uma tripulação?

HENRY – Não há com o que se preocupar, Burt. O mar está parado, não há sequer o menor movimento de um cardume por aqui.

BURT – Já parou para olhar a nossa volta, pirata ranhoso?

HENRY – Só vejo neblina e portanto não vejo nada em volta.

BURT – E em nada estranham o clima adverso que paira nesse mar de calmaria? A hora passa e a neblina cada vez mais se aproxima das nossas narinas de cachorro sarnento, essa noite fria e nublada esconde a lua e as estrelas para confundir nossa rota. O capitão Will o’Well tem comentado com toda a tripulação sobre o acontecimentos atípicos das últimas noites... Depois da morte de Norm Trevor Hailway “Conta-Gotas” Morrison os mares não têm sido mais os mesmos.

JOHN – Qual a relação entre a morte de um capitão e a ordem natural das coisas, o clima, as estrelas?

BURT – Trevor “Conta-Gotas” Morrison foi condenado a morte pelos porcos britânicos da mesma maneira com a qual torturava as suas vítimas. Acontece que durante o seu julgamento toda a sua tripulação negou a responsabilidade pelas mortes e pelas pilhagens realizadas juntos e preferiram o serviço social. Então fugiram feito abutres famintos que migram para o sul, para as montanhas atrás de carniça podre de rato. Restou a Trevor “Conta-Gotas” o mesmo destino que aplicava a seus inimigos: foi enterrado até a cabeça, na areia, durante a maré baixa para que, aos poucos, o aumento do nível da água do mar o afogasse.

HENRY – Blábláblá! Histórias de bebedor de leite!

BURT – O que andam dizendo por aí é que, ao contrário do que todos deduzem, Trevor não morreu.

HENRY – Não, não morreu, ele saiu nadando com as orelhas!

BURT – Não, imbecil. Trevor foi salvo por Lorena, a baleia gigante que o acompanha na sua missão de vingança contra os larápios britânicos e contra todos aqueles que se dizem honrados por serem piratas. Os sinais de que vai haver um ataque de Trevor são conhecidos pela estranha adversidade climática que acomete o alto-mar: faz frio, a lua some entre as nuvens do céu, a neblina se condensa de modo que não se veja um barril a sua frente e então, o último sinal: uma garoa fina, imprópria das grandes ressacas que temos por aqui nessas ilhas do Caribe. Ao longe Trevor, montado em sua Lorena, uma baleia equivalente a pelo menos cinco das maiores embarcações juntas, surge para dilacerar todo e qualquer tipo de vida não-marinha que flutuem por essas águas. Desde o início desses episódios ninguém se lembra mais de Trevor; agora a pirataria da região e o governo britânico conhecem apenas o Capitão Barba-Molhada.

HENRY – Ora, quem se importa com histórias de baleias assassinas? O Capitão Will o’Well insiste em conversar com um papagaio morto.

JOHN - É parte da nossa natureza, a vida no mar, a solidão. Às vezes eu me sinto meio maluco também. Sabem? Olho pro céu e penso no que pode existir além de todo esse mar e de toda essa terra. Penso em um futuro em que, no fim dos tempos, as estrelas significariam alguma coisa para os seres humanos. Não temos mulheres, mas temos papagaios, baleias...

HENRY – Tudo ficou mais nublado de repente, não?

JOHN – Alguém viu a garrafa de rum por aí?

HENRY – Veja! Lá está o nosso rum montado em uma baleia gigante! Hahahahah!

(Os dois caem em ébrio riso)

JOHN – Subir velas! Puxar âncora! Executar o canto das baleias!

HENRY – Soprar o navio!!

(Gargalhadas ébrias e alopradas)

BURT Cardume de estrume! Desova de bosta! Vou cortar seus testículos fora e servir com batatas!

(Forte estrondo da porta da cabine do capitão se abrindo. Sai o Capitão Willie William Will o’Well com uma tocha acesa na mão e uma espada na outra.)

Will o’Well – (aos urros) Barba-Molhada!! Seu monte de carniça decomposta! Vou cortar você e o seu cachorrinho em pedaços para que exponham simultaneamente nos museus de anatomia de cada país desse mundo! Te darei as bagagens, as passagens e as chaves para o inferno! Revele-se! Seu cão vira-latas! Biltre fedorento! Apareça!!

(Um trovão ao longe. Começa a cair uma garoa fina)